O que é o RPG?
- Maggie Menina
- 18 de mai. de 2019
- 4 min de leitura
Atualizado: 5 de jun. de 2022
ROLE PLAYING GAME – RPG
Comecei a jogar RPG em 2011 com um grupo de escola, e se tornou m hobby, sendo pra mim um modo de descontração e um momento de interação com os amigos pra aproveitar o tempo livre. Por isso resolvi fazer uma série de postagens explicando um pouco sobre esse hobby, primeiro com uma ideia geral, depois trazendo os diversos sistemas pra vocês. A ideia é fazer uma postagem por mês com essa temática.
O RPG (ou Role Playing Game) é um estilo de jogo de interpretação que consiste em um grupo de pessoas se reunir, presencialmente ou não, para contar uma história.
Primeiramente o grupo irá definir o sistema a ser utilizado, que nada mais é do que um compilado de regras e contextualização, escolhendo também um cenário para a narrativa, podendo ser medieval ou futurístico, por exemplo.
Um dos jogadores será o mestre, a pessoa que conduzirá a história, bem como interpretará os NPC’s (non-player characters – ou personagens não-jogáveis), que são os personagens encontrados pelos jogadores ao longo da narrativa. Os demais jogadores então criarão, cada um, um personagem a partir do livro de regras. A depender do sistema o jogador poderá escolher dentre várias opções de raças e classes, que influenciarão na personalidade do personagem.
A partir dessa escolha será montada uma ficha para cada jogador, que é uma folha que conterá as informações do personagem, como seu nome, características, habilidades e perícias, e será o norte para a tomada de ações pelo jogador.
O mestre então começará a narrativa da história, e dará aos jogadores a oportunidade de contribuir para essa narrativa, cada um tomando decisões de acordo com a interpretação do seu personagem. Muitas vezes, quando um personagem for fazer alguma ação mais complexa, como algumas ações físicas (um salto, um golpe ou uma corrida, por exemplo) ou interações sociais (convencer um outro personagem de alguma coisa, por exemplo) será necessário um teste de dados. Essa rolagem varia de acordo com o sistema que está sendo utilizado. Em alguns, utilizam-se vários dados, proporcionalmente à habilidade do personagem, ou utiliza-se um dado diferente, que dê ao jogador uma maior probabilidade de acerto.
Nos sistemas em que é realizada a rolagem de dados, o valor mínimo a ser tirado no dado representa o obstáculo a ser ultrapassado pelo personagem. Quanto mais habilidoso ou mais perícias o personagem tiver, mais fácil será para executar aquela ação, uma vez que irá somar um valor maior (ou aumentar ainda mais a quantidade de dados), aumentando a probabilidade de sucesso.
Um exemplo da rolagem de dados como o sucesso da ação aconteceu com Maggie, minha primeira personagem: estávamos jogando uma aventura de Mundo das Trevas (um tipo de sistema que irei fazer uma postagem própria pra explicar melhor), ambientada no mundo atual. Éramos todos humanos que tínhamos acabado de descobrir poderes e a existência de um mundo sobrenatural, e nosso objetivo no momento era roubar um manuscrito num museu em Antuérpia. No final das contas localizamos o tal do manuscrito, e uma outra personagem, Dandara, achou que seria uma boa ideia quebrar o vidro que protegia o manuscrito e disparou o alarme do museu. Para fugirmos tínhamos que descer por uma escadaria que dava no portão, que já estava quase fechando.
Como não era uma ação simples (era uma escadaria longa e estávamos correndo, além de precisar chegar a tempo na porta, antes que ela fechasse – bem coisa de cinema), a Mestre pediu que jogássemos um dado (de porcentagem, no caso desse sistema. O dado de porcentagem é equivalente ao d100 e é composto por 2 d10, uma dezena e uma unidade), e deveria tirar menos de 10%, mas com a minha sorte, tirei acima de 100%, e Maggie escorreu escada abaixo, caindo desacordada. No final das contas foi a própria Dandara quem salvou minha personagem na fuga. Vamos frisar que acima de 95% nesse sistema é uma falha crítica, ou seja, uma falha MUITO ruim.
São diversos os dados utilizados no RPG, a depender do sistema, e variam de acordo com a quantidade de facetas que possui, sendo os mais comuns: d4, d6, d8, d10, d12 d20 e d100. O número que acompanha é a quantidade de faces do dado.
Normalmente são distribuídos pontos de experiência entre os jogadores ao final da sessão, que é um dia de jogo, e ao final de um arco, que é como um capítulo da história. Esses pontos de experiência podem ser convertidos na ficha do personagem em pontos de habilidade e perícia, por exemplo.
Um RPG pode ser uma história curta, de apenas uma sessão, chamada de ‘one shot’; média, de um ou poucos capítulos; ou uma história longa, que dura muitas vezes por vários anos, dependendo apenas da vontade dos jogadores em continuar a narrativa.
Existem vários estudos acerca dos benefícios do RPG, que é um estímulo à criatividade e comunicação dos jogadores, sendo uma ferramenta muito útil para o desenvolvimento de crianças e outras pessoas com dificuldades de socialização e problemas relativos à timidez, por exemplo. É também um forte aliado ao aprendizado de História, podendo alguns sistemas de RPG serem utilizados com base em acontecimentos históricos reais como forma de se reforçar o aprendizado e assimilação do conteúdo, como se pode ver aqui e aqui.
Caso tenha ficado interessado, esse vídeo explica mais um pouco sobre o que é o RPG.
Em sequência irei explicar um pouco os sistemas de RPG que já joguei, bem como irei dar as minhas impressões sobre cada um.
Did yoy say.... Dandara? 😋 Tenho que fazer um post só sobre esse RPG e esses personagens ❤️
DANDARA APROVA ESSE POST!
Um hobby sensacional, que tive a sorte de encontrar pessoas que posso chamar de família pra jogar! ❤️