Resenha - Anjos de Sangue
- Maggie Menina

- 7 de mai. de 2020
- 2 min de leitura
Livro: Anjos de Sangue
Autor: Symathon R. Rangel
Editora: Amazon KDP
Ano: 2019
Páginas: 472
4,5 ⭐
Havey é um integrante da Polícia Metropolitana de Warface, que vem enfrentando dois grandes desafios: um carregamento de armas que está chegando à cidade, com o risco de cair nas mãos do traficante Anthony Rugel, e o “Anjo”, um ser com força e destreza fora do comum, aparentemente com o poder de voar, que vem salvando algumas pessoas pela cidade, mas que ninguém conhece sua identidade, ou mesmo se é uma pessoa ou alguma entidade divina.
O aumento da criminalidade na cidade, além desses problemas, tem sugado Havey em trabalho constante, fazendo com que passe menos tempo em casa com sua família, principalmente com sua filha que possui problemas psiquiátricos, fazendo com que sua relação familiar fique cada vez mais conturbada.
Após ser salvo pelo Anjo em uma missão contra o tráfico de armas, Havey começa a ficar intrigado pelo estranho ser, questionando-se se ele seria o vilão ou mocinho na história, e os diversos acontecimentos estranhos que vem acontecendo na cidade, além das dificuldades de relacionamento com a família fazem com que o personagem comece a questionar seu ceticismo, bem como alguns conceitos e princípios que sempre foram fortes.
Numa cidade em que prevalece o crime e a corrupção, como conciliar o dever de zelar pela cidade e o cuidado com a família?
O livro traz alguns elementos de fantasia e investigação policial, mas não vejo isso como o foco do livro, que traz diversos dilemas morais e, ouso dizer, até espirituais/religiosos.
Tirando algumas situações de livros que leio mais casualmente, eu sempre gosto de tirar alguma discussão dos livros, e isso não falta em Anjos de Sangue. Os conflitos internos do personagem são mostrados a todo momento, bem como a dualidade entre a fé e o ceticismo.
Acho que pra mim a grande questão do livro foi: nossos sistemas falharam, mas você é a pessoa que luta contra o que está errado e defende o que considera certo ou desiste de lutar pelo cansaço de nadar contra a maré?
O final do livro trouxe algumas reviravoltas que eu sinceramente não estava esperando, e estou na expectativa de que haja uma continuação, porque consigo ver alguns ganchos no epílogo.
Quots:
“– Muitas coisas podem dar errado para os outros enquanto estamos tentando fazer o que é certo para a gente.”
“[...] E daí, que diferença faz? Porque eu mereço isso, talvez até... espere por isso! Mas... duvido que aquele moleque ali atrás... ou todas aquelas pessoa lá no banco, esperassem por isso... merecessem isso.”



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